Google Adedonha Voice Action

Transformar o famoso game de Stop, Adedanha ou Adedonha em uma experiência de voz para divertir toda a família.

O Projeto

O game-show da família

O Google convidou a outracoisa* para criar uma versão de voz do tradicional jogo de Stop e o resultado foi uma experiência de programa de auditório, onde os concorrentes são amigos e famílias, que se reúnem para se divertir. Esta foi a primeira de muitas experiências de voz desenvolvidas pela outracoisa*, desde a concepção da arquitetura da conversa e definição de personalidade das vozes, até a implementação dentro do Google Assistant.

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O Desafio

O primeiro produto de voz a gente nunca esquece

A outracoisa* já vinha trabalhando com produtos conversacionais há 4 anos, mas desenhar a primeira experiência "voice-first" não é tão simples quanto pode parecer, e o Adedonha foi uma experiência de aprendizado para todo o time. Por ser o primeiro de dezenas de projetos de voz que fizemos, alguns dos fundamentos dessa modalidade que usamos até hoje foram experimentados e definidos nesse projeto. Qual o nível correto de complexidade? Ou a medida certa de dependência da interface gráfica? E o que dizer do grau adequado de personalidade e humor do personagem? Essas foram algumas perguntas com as quais nos deparamos na hora de fazer o design da Action, além de todos os desafios técnicos de uma plataforma que ainda não estava 100% estável.

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O Processo

Gameplay e Arquitetura

O game design teve como ponto de partida o tradicional jogo em que colocávamos as mãos à frente com um número de dedos e contávamos para saber qual a letra sorteada, mas também se baseou no aplicativo "Stop", da Fanatee, que era nossa parceira de conteúdo para o jogo. O processo envolveu muitas rodadas de experimentação das diferentes versões do jogo, para escolher a melhor forma de jogar por voz. Muitas vezes um de nós fazia o papel do robô enquanto o resto da equipe simulava os participantes e era comum que algumas hipóteses que funcionavam perfeitamente no jogo tradicional e no app não ficassem boas na action de voz.

Uma curiosidade: Até a metade do projeto, o nome do produto seria Stop. Foi quando descobrimos que este era um comando global dos dispositivos de voz que servia para fechar a aplicação e por isso não poderia ser o nome do game. Então sugerimos o nome Adedanha, que nos era familiar da infância, mas aprendemos que em quase todo o Brasil o nome é Adedonha, exceto no Rio de Janeiro. O nome até hoje soa estranho para o time outracoisa*, mas ganhou a maioria ;-)

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Product Key

Um é pouco, dois é bom, três é demais

Em qualquer produto de voz, a decisão de usar a voz padrão do robô ou uma voz gravada em estúdio é importante. As vozes de robô ainda são limitadas em emoção e entonação, mas são flexíveis, dando agilidade ao projeto e permitindo um leque infinito de respostas. Já a voz de estúdio traz mais personalidade, porém exige que cada resposta seja gravada, limitando o processo.

No caso do Adedonha, a voz teria que reproduzir uma gigantesca diversidade de respostas, categorias e letras, o que tornaria impossível fazer 100% em estúdio. Surge, portanto, a ideia de que o jogo fosse conduzido por uma dupla de personagens. John, o protagonista, seria um apresentador de programas de auditório estilo Silvio Santos, com voz escolhida a dedo e gravada no estúdio. Ele teria um assistente robótico, chamado Ed, que leria as fichas de categorias e palavras, com voz de robô. Criamos uma dinâmica engraçada de relacionamento entre os dois, que viria a ser o elemento mais memorável do produto.

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Solução

Modos de Jogo

Adedonha foi ao ar com dois modos de jogo, escolhidos dentre as mais de 10 hipóteses levantadas. No modo "Batata Quente", ideal para jogar em carros ou na sala da família, é possivel jogar com pessoas que estão presentes no mesmo local. No modo "Time Attack" o usuário joga com um adversário virtual. Uma decisão importante foi exibir um cronômetro e retirar o comando de "stop", quando alguém consegue finalizar todas as categorias. Embora isso contrarie o jogo original, o comando de encerramento da rodada traria muitos problemas técnicos e lógicos.

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Resultados

O melhor foi jogar depois

Adedonha não deixa de ser um projeto experimental, pois o hábito de jogar por voz ainda está engatinhando e só vai crescer nos próximos anos. As pessoas reportam diferentes experiências jogando e é necessário se acostumar com as exigências do meio: Uma fala mais clara, o silêncio dos demais participantes, paciência para esperar o momento correto de falar. Mas, passada essa adaptação, Adedonha é uma diversão só. Pode experimentar!

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